O Presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick vem alertar e manifestar os seus receios pela entrada da Economia Mundial numa Fase mais perigosa, ainda pior do que em 2008, momento que coincidiu com o pico da crise económica/financeira mundial, caracterizada pela "bolha no mercado Imobiliário" e pela falência do Banco Lehman Brothers e do Financeiro Bernard Madoof nos Estados Unidos da América, bem como pela falência do BPN e do BPP em Portugal.
Robert Zoellick alerta ainda para a necessidade urgente de os Países da Zona Euro resolverem rápidamente os seus problemas da dívida soberana, bem como para o gradual crescimento da economia Chinesa sobre a economia dos países do Ocidente, nomedamente, sobre os Estados Unidos da América e Europa, sobretudo Zona Euro.
THE BESTS publicou na passada semana dois artigos que se inserem nesta temática, ou seja, a Europa sente a falta dos seus grandes líderes do passado e a Economia Chinesa, aos poucos, sobrepõe-se e esmaga as Economias Europeia e dos Estados Unidos da América (EUA) que se encontram cada vez mais dependentes da Economia da China, quer pelo lado da dívida, quer pela interdependência mundial existente entre as economias e mercados.
Vive-se presentemente uma conjuntura que poderá coincidir com o início de uma "Segunda Guerra Fria", quando se assinalam 50 anos decorridos desde o início da construção do Muro de Berlim (1961) e 20 anos decorridos desde a sua queda, em 1991. Se na anterior Guerra Fria, a disputa pela supremacia mundial em vários domínios acontecia entre o Bloco Soviético e os EUA, hoje será entre China vs EUA e Europa.
Publicação THE BESTS relacionada:
Por outro lado, face a uma realidade economica/financeira muito preocupante, poderá haver a tentação de se retirar Portugal da Zona Euro, assim como outros países. O ex-Director Adjunto do FMI Desmond Lachman, assim como o multimilionário George Soros, já se pronunciaram a favor da saída de Portugal da Zona Euro.
Não se encontrando uma solução viável que permita à Europa ultrapassar a actual crise, evitando transforormações demasiados radicais que coloquem em perigo a sobrevivência da própria União Europeia, poderemos estar a assistir ao início do fim da Zona Euro e ao início do desmembramento da própria União Europeia.
Em relação a uma eventual saída de Portugal da Zona Euro, recomendamos a leitura da seguinte publicação THE BESTS relacionada:
"PARIS - Após a degradação da nota americana e uma semana de turbulências nos mercados financeiros de todo o mundo, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, tem uma visão pessimista acerca do futuro da economia mundial em entrevista ao semanário australiano "Weekend Australian".
Segundo ele, a economia mundial entrou em "uma fase nova e mais perigosa", e isso é somente "o início de uma tempestade nova e diferente". "Não é a mesma crise de 2008. Nos últimos 15 dias, passamos por uma reprise difícil - com um bom crescimento dos emergentes (...) mas muito mais hesitante para os mais desenvolvidos - em uma fase nova e mais perigosa."
Zoellick disse que a lição de 2008 é que quanto mais se espera, medidas mais severas precisam ser tomadas. "A maioria dos países desenvolvidos já utilizaram tudo que podiam de política fiscal e monetária", disse o adepto da política de rigor.
Além das consequências financeiras imediatas, Zoellick estima que a situação atual vai provocar mudanças no equilíbrio geopolítico mundial. Toda esta crise está transferindo "muito rapidamente, do ponto de vista histórico", o poder econômico do Ocidente para a China.
Mas ele afirma que Pequim não sustenta ainda esse papel por se encontrar confrontado com seus problemas internos: evitar o sobreaquecimento da sua economia, fazer uma reforma no seu sistema fiscal e manter o equilíbrio entre empresas públicas e privadas.
Ele afirma, porém, que o maior desafio para a atual crise está no continente europeu, com ameaças à existência do euro. Os investidores começam a se perguntar quanto tempo a Alemanha e a França vão continuar a sustentar os países ameaçados sem correr o risco deles próprios terem suas notas rebaixadas, afirma."
Robert Zoellick - Presidente do Banco Mundial
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