Será que Portugal deve abandonar o Euro como forma de combater a actual crise Económica/Financeira profunda?
O que acontece se Portugal abandonar o Euro e regressar ao Escudo?
O que acontece se Portugal abandonar o Euro e regressar ao Escudo?
Como THE BESTS notíciou recentemente, para o ex-Director Adjunto do FMI Desmond Lachman, Portugal deve abandonar o Euro, sendo na sua opinião, a única forma de o País ultrapassar a actual crise.
Deverá afinal Portugal abandonar a moeda Euro e voltar a adoptar o Escudo ($) ou outra moeda própria?
Análise THE BESTS
Vamos então considerar o possível cenário de Portugal abandonar o Euro.
Imaginando que foi tomada a decisão de Portugal abandonar a moeda Euro, existiria para já uma primeira vantagem:
- Portugal tem a possibilidade de valorizar ou desvalorizar a nova moeda adoptada, desde que não seja uma moeda comum a outros países, tal como acontece actualmente com o Euro, em que não pode ser Portugal a tomar a decisão de valorizar ou desvalorizar esta moeda, mas sim a própria União Europeia.
Num cenário em que Portugal abandonasse a Zona Euro, poderia por exemplo voltar a adoptar o Escudo ($) como moeda nacional.
Cenário A - Portugal sai do Euro e desvaloriza a nova moeda
Vantagens
a) Desvalorizando a moeda nacional (por exemplo Escudo), o preço dos produtos nacionais ficaria mais baixo nos mercados internacionais, o que permitiria aumentar a venda de produtos nacionais nos mercados externos, com consequente estímulo e aumento das nossas exportações que constituem um dos principais motores da economia nacional. Ou seja, uma moeda nacional fraca estimularia a produção de produtos nacionais, em detrimento da importação de produtos do exterior. Passaria assim a existir um protecionismo natural dos produtos nacionais e consequente redução das importações e aumento das exportações;
b) Uma moeda Portuguesa fraca, iria tornar Portugal ainda mais atractivo para o turismo internacional, com consequente aumento da receita e consequente vantagem para o sector do turismo, restauração e afins, bem como para a nossa balança comercial no comércio externo;
c) O aumento das exportações arrastaria uma cadeia em série de novas vantagens que se auto-sustentam e se influenciam reciprocamente. Essas vantagens, seriam nomeadamente:
c.1) Aumentando o volume das exportações, significaria que o volume de vendas nacional iria aumentar na mesma proporção;
c.1.1) Se o volume das exportações e das vendas aumenta, a balança comercial com o exterior tende a equilibrar e aumenta a riqueza e o PIB Nacional. Por sua vez, o Estado vai aumentar proporcionalmente a sua receita fiscal, ou seja, vai aumentar a sua receita de IVA e de IRC.
Existindo uma maior receita fiscal, o deficit das contas públicas tende a baixar, passando a existir um maior equilíbrio entre despesa e receita do Estado e, consequentemente, um Estado com as suas Contas Públicas e deficit equilibrado, poderá aliviar um pouco a carga fiscal que incide sobre os contribuintes. Por exemplo, poderia não aplicar o novo Imposto Extraordinário que vai incidir sobre o rendimento de metade do 14º mês (Subsídio de Natal).
Um Estado com as suas contas públicas em dia e um deficit controlado, é um Estado que não depende de ajudas externas, como por exemplo, financiamento da Troika e de países e entidades diversas, não tendo assim que depender desses financiamentos, nem que suportar o pagamento dos respectivos juros altíssimos;
Um Estado com as suas contas públicas em dia e um deficit controlado, é um Estado que não depende de ajudas externas, como por exemplo, financiamento da Troika e de países e entidades diversas, não tendo assim que depender desses financiamentos, nem que suportar o pagamento dos respectivos juros altíssimos;
c.1.2) Existindo um maior alívio da carga fiscal sobre os cidadãos/famílias, estes dispõem de um maior rendimento disponível para consumo interno e, consequentemente, de um maior poder de compra. Maior poder de compra significa aumento das vendas e da produção para as empresas, com consequente aumento de receita fiscal para o Estado.
No entanto, dentro deste cenário, será de prever um aumento da taxa de inflação, sobretudo numa fase inicial. Porém, na globalidade da economia nacional, atendendo ao aumento de produtividade das empresas Portugueses e à redução da taxa de desemprego, será de prever um aumento do poder de compra que contribui positivamente para uma maior capacidade de poupança das famílias. Daqui decorrem benefícios para a Banca, passando esta a dispor de um aumento e de um maior reforço dos depósitos de clientes, bem como de uma menor necessidade de se financiar no exterior. Este ciclo tende a repetir-se continuamente;
No entanto, dentro deste cenário, será de prever um aumento da taxa de inflação, sobretudo numa fase inicial. Porém, na globalidade da economia nacional, atendendo ao aumento de produtividade das empresas Portugueses e à redução da taxa de desemprego, será de prever um aumento do poder de compra que contribui positivamente para uma maior capacidade de poupança das famílias. Daqui decorrem benefícios para a Banca, passando esta a dispor de um aumento e de um maior reforço dos depósitos de clientes, bem como de uma menor necessidade de se financiar no exterior. Este ciclo tende a repetir-se continuamente;
c.1.3) Por outro lado, aumentando o volume das exportações e das vendas, é necessário que as empresas aumentem a sua produção e, deste modo, precisam de mais mão de obra. A necessidade de um aumento de mão de obra cria novos postos de trabalho e reduz o número de desempregados.
Existindo menor número de desempregados, significa que um maior número de contribuintes paga IRS ao Estado e desconta para a Segurança Social (Taxa Social Única - TSU).
A segurança Social fica mais forte, porque recebe mais receita proveninete de Empresas e trabalhadores (TSU) e, por outro lado, tem menos subsídios de desemprego para pagar porque passaria a haver menos desempregados.
A segurança Social fica mais forte, porque recebe mais receita proveninete de Empresas e trabalhadores (TSU) e, por outro lado, tem menos subsídios de desemprego para pagar porque passaria a haver menos desempregados.
A criação de novos postos de trabalho aumenta o rendimento disponível das famílias, repetindo-se o ponto c.1.2)
Desvantagens
1 - Pagamento de taxas e custos câmbiais nas trocas comerciais com a zona euro;
2 - Tendência para aumento da taxa de inflação, pelo menos numa fase inicial, sobretudo devido à inevitável importação de petróleo e seus derivados, mas também de outras fontes energéticas e produtos diversos, tais como, gás natural, eletricidade, automóveis, tecnologias, matérias primas, etc;
3 - Desvalorição do valor real dos salários e perda de poder de compra por efeito da desvalorização do Euro e consequente aumento da taxa de inflação;
4 - Desvalorização do valor dos depósitos bancários, proporcional à desvalorição da nova moeda (Escudo) face ao Euro, caso a conversão de Euros em Escudos seja feita antes da desvalorização do Escudo face ao Euro, mantendo a relação de paridade de 1 Euro = 200,482 Escudos. Supondo que o Escudo sofre uma desvalorização de 30% face ao Euro, a nova relação de paridade será de 1 Euro = 260, 63 Escudos. Contudo, se o depositante em vez de receber 260,63 Escudos por cada Euro depositado apenas receber os atuais 200,482 Escudos, significa que terá uma perda real de 30% no valor do seu depósito;
5 - Pânico na Banca motivado pela corrida aos bancos para levantamento dos depósitos bancários em Euros;
6 - Acentuado agravamento do valor da dívida a pagar à Troika e a outros países credores de Portugal, já que a desvalorição da moeda nacional para um valor inferior ao ao euro, faria aumentar o valor da dívida portuguesa aos credores internacionais na mesma proporção;
2 - Tendência para aumento da taxa de inflação, pelo menos numa fase inicial, sobretudo devido à inevitável importação de petróleo e seus derivados, mas também de outras fontes energéticas e produtos diversos, tais como, gás natural, eletricidade, automóveis, tecnologias, matérias primas, etc;
3 - Desvalorição do valor real dos salários e perda de poder de compra por efeito da desvalorização do Euro e consequente aumento da taxa de inflação;
4 - Desvalorização do valor dos depósitos bancários, proporcional à desvalorição da nova moeda (Escudo) face ao Euro, caso a conversão de Euros em Escudos seja feita antes da desvalorização do Escudo face ao Euro, mantendo a relação de paridade de 1 Euro = 200,482 Escudos. Supondo que o Escudo sofre uma desvalorização de 30% face ao Euro, a nova relação de paridade será de 1 Euro = 260, 63 Escudos. Contudo, se o depositante em vez de receber 260,63 Escudos por cada Euro depositado apenas receber os atuais 200,482 Escudos, significa que terá uma perda real de 30% no valor do seu depósito;
5 - Pânico na Banca motivado pela corrida aos bancos para levantamento dos depósitos bancários em Euros;
6 - Acentuado agravamento do valor da dívida a pagar à Troika e a outros países credores de Portugal, já que a desvalorição da moeda nacional para um valor inferior ao ao euro, faria aumentar o valor da dívida portuguesa aos credores internacionais na mesma proporção;
7 - Aumento do valor da dívida a pagar pela Banca aos seus credores internacionais. Por este motivo, a Banca terá tendência a aumentar a taxa de juro na concessão de crédito a particulares e empresas;
8 - No que respeita aos empréstimos à habitação e ao crédito pessoal feitos em euros, imaginando um cenário em que Portugal voltasse de novo ao escudo, sendo o Banco de Portugal uma pessoa de bem, em princípio, para efeito de cálculo do valor em dívida em todos os empréstimos anteriores à recoconversão do euro para escudo, a paridade entre as duas moedas seria feita com base na relação de 1 euro = a 200,482 escudos, já que era esta a relação de paridade que existia na altura em que o escudo foi convertido em euros.
Porém, em relação a esta delicada matéria que respeita aos empréstimos celebrados no período em que vigorou o euro, se o Banco de Portugal não estiver de boa fé, se não for uma pessoa de bem e se não respeitar os compromissos assumidos pelos Portugueses no período em vigorou o euro, poderá ser estabelecida nos referidos empréstimos uma paridade que não respeite a relação de 1 euro = 200, 482 escudos, o que seria um assalto descarado ao bolso de todos os Portugueses.
Imagine o leitor que para efeito de cálculo do valor em dívida relativo aos empréstimos celebrados na vigência do euro, era adoptada pelo Banco de Portugal uma paridade de 1 euro = 260, 63 escudos. Isto significaria que o seu empréstimo de por exemplo 100 000 euros, com o valor correspondente de 20 mil e 48,2 contos (20 048 200 escudos) na relação de paridade de 1 euro = 200, 482 escudos, iria agora sofrer um agravamento de 30%, passando o caro leitor a dever ao banco 26 mil e 62,7 contos, em vez de os anteriores 20 mil e 48,2 contos.
8 - No que respeita aos empréstimos à habitação e ao crédito pessoal feitos em euros, imaginando um cenário em que Portugal voltasse de novo ao escudo, sendo o Banco de Portugal uma pessoa de bem, em princípio, para efeito de cálculo do valor em dívida em todos os empréstimos anteriores à recoconversão do euro para escudo, a paridade entre as duas moedas seria feita com base na relação de 1 euro = a 200,482 escudos, já que era esta a relação de paridade que existia na altura em que o escudo foi convertido em euros.
Porém, em relação a esta delicada matéria que respeita aos empréstimos celebrados no período em que vigorou o euro, se o Banco de Portugal não estiver de boa fé, se não for uma pessoa de bem e se não respeitar os compromissos assumidos pelos Portugueses no período em vigorou o euro, poderá ser estabelecida nos referidos empréstimos uma paridade que não respeite a relação de 1 euro = 200, 482 escudos, o que seria um assalto descarado ao bolso de todos os Portugueses.
Imagine o leitor que para efeito de cálculo do valor em dívida relativo aos empréstimos celebrados na vigência do euro, era adoptada pelo Banco de Portugal uma paridade de 1 euro = 260, 63 escudos. Isto significaria que o seu empréstimo de por exemplo 100 000 euros, com o valor correspondente de 20 mil e 48,2 contos (20 048 200 escudos) na relação de paridade de 1 euro = 200, 482 escudos, iria agora sofrer um agravamento de 30%, passando o caro leitor a dever ao banco 26 mil e 62,7 contos, em vez de os anteriores 20 mil e 48,2 contos.
Cenário B - Portugal abandona a Zona Euro e valoriza a nova moeda (Pouco Provável)
Vantagens
- Empresas nacionais pagam mais barato nas importações;
- Cidadãos Portugueses podem adquirir produtos mais baratos no estrangeiro e usufruir de férias mais baratas fora de Portugal, atendendo a que neste cenário a moeda nacional estaria mais forte do que o próprio Euro;
- Empresas nacionais pagam mais barato nas importações;
- Cidadãos Portugueses podem adquirir produtos mais baratos no estrangeiro e usufruir de férias mais baratas fora de Portugal, atendendo a que neste cenário a moeda nacional estaria mais forte do que o próprio Euro;
- Algum alívio no pagamento da dívida do Estado Português à Troika e aos restantes credores, uma vez que uma moeda nacional mais forte do que o Euro, reduz essa mesma dívida;
- Algum alívio no pagamento da dívida que a Banca contraíu junto dos seus credores.
- Algum alívio no pagamento da dívida que a Banca contraíu junto dos seus credores.
Desvantagens
As desvantagens estão presentes em todos aqueles aspectos considerados vantagem no Cenário A: "Portugal sai do Euro e desvaloriza a nova moeda".
Conclusão THE BESTS
Se não existisse o elevado endividamento de Portugal face à Troika e a outros países credores que compraram dívida pública portuguesa, com a contrapartida de pagamento de juros altíssimos, e se o Banco de Portugal mantivesse a paridade de 1 euro = 200,482 escudos em todos os empréstimos celebrados no periodo de vigência do Euro, seria vantajoso que Portugal saísse da Zona Euro, por todas as razões apontadas nas vantagens do "cenário A - Portugal sai do Euro e desvaloriza a moeda".
Porém, a incerteza sobre a relação de paridade da moeda adoptada pelo banco de Portugal em relação aos empréstimos celebrados na vigência do euro, bem como a elevada dívida externa e os respectivos juros que Portugal tem de pagar, tanto à Troika como a outros países credores, é de tal forma absurdamente elevada, que afasta logo à partida um cenário de saída de Portugal da Zona Euro, para posterior desvalorização da moeda nacional.
Se ocorresse a saída de Portugal da zona Euro, muito provavelmente iria haver uma desvalorização da moeda, quer pela força das leis do mercado, quer pelo facto de que, se acontecesse o contrário (valorização da moeda), isso significaria uma paralização das nossas exportações e da nossa economia.
Uma desvalorização da Moeda Portuguesa iria ainda promover um acentuado agravamento do valor da dívida externa portuguesa, Portugal ficaria à mercê dos países credores e nunca mais conseguiria honrar os compromissos financeiros para com esses países e instituições credoras, ficando numa situação de vulnerabiliade e de dependência externa gravíssima, apenas normal em alguns países ditos do terceiro mundo que, pela sua situação de pobreza extrema, não conseguem solver os seus compromissos, tendo muitas vezes que beneficiar de um perdão da dívida para abatimento da mesma.
LT
11 comentários:
Fiquei com algumas dúvidas relativas a esta questão, que é bastante complexa.
Por exemplo, se Portugal desvalorizasse a moeda:
- Não seria certo ou significativo o aumento do turismo em Portugal porque os preços dos nossos serviços (hotéis, restaurantes, etc) já é mais baixo do que em outros países da zona Euro (França,Alemanha,...)
- Desvalorizar a moeda iria beneficiar as exportações, sim. Mas Portugal neste momento vai exportar o quê, depois de anos a destruir a agricultura e as pescas, a despedir trabalhadores e a importar grande parte do que precisamos?
- Outra desvantagem da desvalorização seriam obviamente as importações que ficariam mais caras e há produtos que Portugal tem necessariamente de importar como os combustíveis, alguns produtos alimentares que não produzi-mos ou que não conseguimos ser auto-suficientes, maquinaria, etc. Isso iria afectar todas as famílias.
Quanto à valorização da nossa moeda tenho dúvidas quanto à possibilidade de um país pequeno como Portugal, pobre, com pouca importância a nível internacional, poder valorizar a sua moeda mais do que o euro e o dólar, e ficar numa situação como a da Inglaterra. Não sei o suficiente sobre o assunto para saber se é possível e se for, como poderia ser feito?
Imaginando um futuro para Portugal e admitindo como possíveis estes cenários, Portugal teria vantagem em inicialmente sair da zona Euro e valorizar a moeda. Com isto conseguia "calar os mercados" e pagar mais levemente a dívida aos credores. Mais, deveria aproveitar o dinheiro que nos emprestaram e criar a base das nossas exportações no futuro, aproveitando para investir no equipamento necessário (que teria de vir do exterior, pelo menos parte, e sairia mais barato porque tínhamos a moeda valorizada), recrutar mão-de-obra e melhor aproveitar os nossos jovens que todos os anos terminam os seus cursos, oferecendo-lhes meios para criarem as suas empresas e trabalharem nos seus ramos, evitando a fuga de cérebros para o estrangeiro.
Quando Portugal tivesse um sistema bem montado, fosse auto-suficiente em termos de produtos alimentares e começasse a ter excedentes para vender ao estrangeiro, deveria proceder-se a uma desvalorização gradual da moeda para beneficiar as exportações e ter todas as outras vantagens referidas no post.
Para finalizar uma palavra para o autor deste blog, que recentemente passei a frequentar, pelo seu bom trabalho e a sua opinião isenta e sem cor política e que faz as pessoas realmente entender o país e o mundo em que vivem. Fazia também um apelo para os visitantes expressarem a sua opinião nos comentários para assim se criar um saudável debate e troca de ideias.
Parabéns pelo blog
Muito obrigado pelas suas palavras Francisco.
Comentários como o seu contribuem sempre muito para o enriquecimento e valorização deste Blog.
Procuraremos sempre ser isentos e imparciais nas nossas opiniões/avaliações, tentando seguir numa linha de pensamento crítico e coerente, uma vez que o apelo ao bom senso, ao rigor e à fundamentação das nossas opiniões, são valores que norteiam a linha de publicação do THE BESTS.
Um bem haja Francisco.
Como ficaria a questão "cidadânia"? Saindo da zona do euro e da comunidade européia Portugal se desliga também da cidadânia européia? cidadãos portugueses não terão mais livres acessos? E o emigrantes portugueses? seriam ilegais em países da europa?
Obrigado pela questão IZA.
Presentemente a União Europeia (UE) é composta por 27 Estados Membros. Contudo, de entre os 27 Países que fazem parte da UE, apenas 17 integram a Zona Euro. No entanto, todos os cidadãos dos 27 Países da UE têm iguais direitos de cidadania e existe o livre direito de circulação de pessoas e bens no Espaço da UE.
Porém, nas trocas comerciais existentes entre um País da UE que adoptou o Euro e outro País da UE que não o fez, existem as questões ligadas ao Câmbio da moeda, normais entre países que utilizam diferentes moedas nas trocas comerciais.
Por exemplo, a Inglaterra faz parte da UE, mas por vontade própria não aderiu ao Euro e mantém a Libra como moeda oficial.
Tenho uma duvida que me parece importante para quase todos os portugueses. Que passaria com a divida de cada particular à banca no caso da saída do euro e posterior desvalorização da moeda? Uma divida, digamos, de 100.000€ seria traduzida para escudos nesse dia? Ou o particular teria que tentar pagar em escudos desvalorizados e com uma inflação altíssima uma divida à banca em euros?
Caro JGonçalves,
Em relação a empréstimos contraídos por particulares e empresas internamente, a questão deverá ser relativamente simples. Para o exemplo de um empréstimo de 100 000 euros contraído junto da banca, caso o euro fosse de novo convertido em escudos, é minha convicção de que a conversão seria feita com base na paridade existente entre o Escudo e o Euro que é de 200,482 Escudos para 1 Euro. Esta relação de paridade foi estabelecida quando Portugal entrou na Zona Euro e não tendo existido alteração de paridade desde esse momento até à data em que foi contraído o empréstimo, a dívida de 100 000 euros seria naturalmente convertida em 20 048 200 de escudos, ou seja, 20 mil e 48 contos e 200 escudos. Situação idêntica mas em sentido oposto aconteceu quando Portugal entrou no euro e os empréstimos anteriores feitos em escudos, foram convertidos em euros, na paridade de 200,482 escudos, para cada euro.
No entanto, considerando um cenário em que Portugal saísse da Zona euro, pelo menos numa fase inicial, a taxa de inflação deveria sofrer um aumento, o que o que iria reduzir o poder de compra dos Portugueses e consequentemente dificultar um pouco mais o pagamento do empréstimo.
Em relação a empréstimos contraídos pelo Estado Português ou pela Banca Portuguesa junto de credores internacionais, a questão passa-se de modo diferente, já que o pagamento mantém-se em euros ao longo do tempo, ou então em dólares, consoante o credor internacional. Num cenário de saída do euro seguido de desvalorização do escudo em 25%, significaria que por cada euro de empréstimo contraído, Portugal não pagaria apenas 200, 482 escudos, mas sim 250,60 escudos aos seus credores europeus.
Parabens pelo Blog.
Tenho uma questão que deverá ser a grande preocupação de muitos portugueses.
Neste momento a esmagadora maioria dos empréstimos, nomeadamente os de longo prazo (ex: crédito à habitação)estão indexados à euribor, se Portugal sair do euro o que se prevê que aconteça? Que taxa de juro será expectavel que tenhamos no restante prazo desses contratos?
Caro Filipe,
Obrigado pelas suas palavras e pela pertinente questão que coloca.
Se Portugal sair do Euro e mesmo que venha por exemplo a ser adoptada de novo a antiga Taxa "Lisbor", estamos em crer que as duas Taxas (Lisbor e Euribor) poderão coabitar. Ou seja, a Lisbor seria aplicada aos novos empréstimos e,em princípio, os anteriores empréstimos para compra de habitação indexados à Euribor, deverão manter-se, uma vez que na redacção do texto do respectivo contrato, existe uma indicação expressa de indexação desse contrato à Taxa Euribor, com actuliazação a 3 meses, a 6 meses ou a 12 meses. Isto claro está se houver boa fé e o Estado Português e entidades competentes forem pessoas de bem, prevalecendo valores elementares que devem estar presentes nas instituições e no Estado, tais como, a honestidade, o respeito pelo próximo e os bons princípios morais e de cidadania. Contudo, se tais principios forem esquecidos por parte de quem deve dar o exemplo, num cenário de saída do Euro, acreditamos que poderá existir a possibilidade de criação de um quadro legal que legitime a transferência de uma Taxa Euribor para uma nova Taxa, mesmo nos empréstimos indexados à Euribor. Esperamos sinceramente que este cenário negro nunca se venha a colocar.
Há só um aspecto que tem que ser equacionado.
Portugal ao saír do euro, teria pela frente um exercito financeiro, chefiado pela Alemanha(principal prejudicada com a nossa saída)que boicotariam toda as nossas actividades. Teriamos pois um garrote que nos levaria por isolamento e outras maldades em que o capitalismo é exímio, á bancarrota.
Já se não saindo do euro, mas instituindo o escudo como moeda não convertível, mas válida para tudo o que fosse mercado interno, penso que os ataques externos seriam nem diminutos, com as seguintes vantagens:
Todos os vencimentos da função pública, bem como os fundos comunitários poderia ser canalizado quer para diminuir as dividas soberanas(pública e privada), quer para adquirir produtos como o petróleo. Isto sem falar claro na maneira bem mais simples e correcta que seriam as nacionalizaçõs
A saída do euro e a valorização da nossa moeda sem dúvida era a melhor solução! Só que não interessa a todos estes governantes nacionais e internacionais porque existe um grande jogo de interesses, nomeadamente a criação da moeda única mundial! Não é por acaso que estão a decorrer as negociações transatlânticas entre os estados unidos os europeus! Ou seja vai ser o principio do fim de da nossa liberdade! NOVA ORDEM MUNDIAL não vale a pena andarmos com estes jogos de conversas eles têm tudo mais que planeado e estão a seguir todas as fases deste processo, e esta é a fase da instalação do pânico, desordem, austeridade para que todos pesem que isto está mau! Mas na verdade não está existe dinheiro mais que suficiente para que todas as famílias vivessem felizes! Mas eles querem ter o controlo absoluto sobre nós e estão a conseguir, o próximo passo dos estados unidos é a implementação de um biochip em todos os cidadãos até 2017 ou seja quem nao o tiver não tem acesso a medico, escola, tirar a carta etc etc etc serão todos obrigados a ter e quem não tiver já deve imaginar o que vai acontecer! Existe a teoria que querem matar 90% da população mundial, eu sinceramente acredito depois de tudo o que já li e pesquisei, existe tanta coisa feita a nível de controlo mental e muitas outras coisas que a esmagadora maioria da população sabe!!!
A saída do euro e a valorização da nossa moeda sem dúvida era a melhor solução! Só que não interessa a todos estes governantes nacionais e internacionais porque existe um grande jogo de interesses, nomeadamente a criação da moeda única mundial! Não é por acaso que estão a decorrer as negociações transatlânticas entre os estados unidos os europeus! Ou seja vai ser o principio do fim de da nossa liberdade! NOVA ORDEM MUNDIAL não vale a pena andarmos com estes jogos de conversas eles têm tudo mais que planeado e estão a seguir todas as fases deste processo, e esta é a fase da instalação do pânico, desordem, austeridade para que todos pesem que isto está mau! Mas na verdade não está existe dinheiro mais que suficiente para que todas as famílias vivessem felizes! Mas eles querem ter o controlo absoluto sobre nós e estão a conseguir, o próximo passo dos estados unidos é a implementação de um biochip em todos os cidadãos até 2017 ou seja quem nao o tiver não tem acesso a medico, escola, tirar a carta etc etc etc serão todos obrigados a ter e quem não tiver já deve imaginar o que vai acontecer! Existe a teoria que querem matar 90% da população mundial, eu sinceramente acredito depois de tudo o que já li e pesquisei, existe tanta coisa feita a nível de controlo mental e muitas outras coisas que a esmagadora maioria da população sabe!!!
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