Consequências de uma Possível saida de Portugal da Zona Euro
O que acontece se Portugal sair do Euro?
Será que existem Desvantagens se Portugal sair do Euro?
O que acontece se Portugal sair do Euro?
Será que existem Desvantagens se Portugal sair do Euro?
Quais são as desvantagens de Portugal abandonar a Moeda Única?
Enumeramos em seguida as desvantagens decorrentes de uma possível saída de Portugal da Zona Euro:
1- Uma saida de Portugal da Moeda Única, terá em princípio, logo como primeira consequência, uma desvalorização da nova moeda Nacional, por exemplo, regresso ao Escudo;
1- Uma saida de Portugal da Moeda Única, terá em princípio, logo como primeira consequência, uma desvalorização da nova moeda Nacional, por exemplo, regresso ao Escudo;
2 - Agravamento do Pagamento de taxas e custos câmbiais nas trocas comerciais com a Zona Euro;
3 - Tendência para aumento da taxa de inflação, pelo menos numa fase inicial, sobretudo devido à inevitável importação de energias diversas, incluindo petróleo e seus derivados, mas também de outros produtos importados, tais como, vestuário e calçado, alimentos, automóveis, tecnologias diversas, matérias primas, etc.
O preço da gasolina e do Gasóleo iriam aumentar na razão inversa da desvalorização do escudo (ex.: se o escudo desvaloriza 30%, o preço dos combustíveis tenderá a aumentar 30% em Portugal).
4 - Desvalorização do valor real dos salários e perda de poder de compra por efeito da desvalorização da nova moeda relativamente ao Euro e consequente aumento da taxa de inflação;
5 - Desvalorização do valor dos depósitos bancários, proporcional à desvalorição da nova moeda (Escudo) face ao Euro, caso a conversão de Euros em Escudos seja feita antes da desvalorização do Escudo face ao Euro, mantendo a relação de paridade de 1 Euro = 200,482 Escudos. Supondo que o Escudo sofre uma desvalorização de 30% face ao Euro, a nova relação de paridade será de 1 Euro = 260, 63 Escudos. Contudo, se o depositante em vez de receber 260,63 Escudos por cada Euro depositado apenas receber os atuais 200,482 Escudos, significa que terá uma perda real de 30% no valor do seu depósito;
6 - Pânico na Banca motivado pela corrida aos bancos para levantamento dos depósitos bancários em Euros;
O preço da gasolina e do Gasóleo iriam aumentar na razão inversa da desvalorização do escudo (ex.: se o escudo desvaloriza 30%, o preço dos combustíveis tenderá a aumentar 30% em Portugal).
4 - Desvalorização do valor real dos salários e perda de poder de compra por efeito da desvalorização da nova moeda relativamente ao Euro e consequente aumento da taxa de inflação;
5 - Desvalorização do valor dos depósitos bancários, proporcional à desvalorição da nova moeda (Escudo) face ao Euro, caso a conversão de Euros em Escudos seja feita antes da desvalorização do Escudo face ao Euro, mantendo a relação de paridade de 1 Euro = 200,482 Escudos. Supondo que o Escudo sofre uma desvalorização de 30% face ao Euro, a nova relação de paridade será de 1 Euro = 260, 63 Escudos. Contudo, se o depositante em vez de receber 260,63 Escudos por cada Euro depositado apenas receber os atuais 200,482 Escudos, significa que terá uma perda real de 30% no valor do seu depósito;
6 - Pânico na Banca motivado pela corrida aos bancos para levantamento dos depósitos bancários em Euros;
7 - Acentuado agravamento do valor da dívida a pagar à Troika e a outros países credores de Portugal, já que a desvalorição da moeda nacional para um valor inferior ao do euro, fará aumentar o valor da dívida pública portuguesa perante os credores internacionais, na mesma proporção;
8 - Aumento do valor da dívida a pagar pela Banca aos seus credores internacionais. Por este motivo, a Banca terá tendência a aumentar a taxa de juro na concessão de crédito a particulares e empresas;
9 - No que respeita aos empréstimos à habitação e ao crédito pessoal feitos em euros, imaginando um cenário em que Portugal voltasse de novo ao escudo, sendo o Banco de Portugal (e outras entidades competentes) uma pessoa de bem, em princípio, para efeito de cálculo do valor em dívida em todos os empréstimos anteriores à recoconversão do euro para escudo, a paridade entre as duas moedas seria feita com base na relação de 1 euro = a 200,482 escudos, já que era esta a relação de paridade que existia na altura em que o escudo foi convertido em euros.
Porém, em relação a esta delicada matéria que respeita aos empréstimos bancários celebrados no período de vigência do Euro, se o Banco de Portugal e outras entidades competentes não forem pessoas de bem e se não respeitarem os compromissos assumidos pelos Portugueses no período em que vigorou o Euro, poderá ser estabelecida nos referidos empréstimos bancários uma paridade que não respeite a relação de 1 Euro = 200, 482 Escudos, o que seria um assalto descarado ao bolso de todos os Portugueses.
Imagine o leitor que para efeito de cálculo do valor em dívida relativo aos empréstimos celebrados no período de vigência do euro, era adoptada pelo Banco de Portugal uma paridade de 1 euro = 260, 63 escudos. Isto significaria que o seu empréstimo de por exemplo 100 000 euros, com o valor correspondente de 20 mil e 48,2 contos (20 048 200 escudos) na relação de paridade de 1 euro = 200, 482 escudos, iria agora sofrer um agravamento de 30%, passando o caro leitor a dever ao banco 26 mil e 62,7 contos, em vez de os anteriores 20 mil e 48,2 contos.
Conclusão THE BESTS:
Se não existisse o elevado endividamento de Portugal face à Troika e a outros países credores que compraram dívida pública portuguesa com a contrapartida de pagamento de juros altíssimos, se o custo dos combustíveis e de outros produtos importados não aumentasse brutalmente, e se o Banco de Portugal mantivesse a paridade de 1 euro = 200,482 escudos em todos os empréstimos celebrados no periodo de vigência do Euro, a saída de Portugal da Zona Euro iria trazer vantagens a médio e longo prazo, por todas as razões apontadas nas vantagens do "cenário A" da "Publicação THE BESTS: Vantagens e Desvantagens de Portugal Sair do Euro"
Se não existisse o elevado endividamento de Portugal face à Troika e a outros países credores que compraram dívida pública portuguesa com a contrapartida de pagamento de juros altíssimos, se o custo dos combustíveis e de outros produtos importados não aumentasse brutalmente, e se o Banco de Portugal mantivesse a paridade de 1 euro = 200,482 escudos em todos os empréstimos celebrados no periodo de vigência do Euro, a saída de Portugal da Zona Euro iria trazer vantagens a médio e longo prazo, por todas as razões apontadas nas vantagens do "cenário A" da "Publicação THE BESTS: Vantagens e Desvantagens de Portugal Sair do Euro"
Porém, a provável desvalorização da nova moeda nacional, aliada ao proporcional aumento do custo dos produtos importados, bem como a incerteza sobre a relação de paridade da nova moeda face ao Euro, em relação aos empréstimos bancários celebrados no período de vigência do euro, bem como a elevada dívida externa e os respectivos juros que Portugal tem de pagar tanto à Troika como a outros países credores, afastam logo à partida uma possível vantagem decorrente de um eventual cenário de saída de Portugal da Zona Euro, para posterior desvalorização da moeda nacional.
Publicação THE BESTS relacionada: Vantagens e Desvantagens de Portugal sair do Euro
Publicação THE BESTS relacionada: Vantagens e Desvantagens de Portugal sair do Euro
7 comentários:
Bom dia. Antes de mais obrigado ao blog pela boa reflexão apresentada.
Acho que todo o Povo Português deveria fazer uma retrospectiva do que é, afinal, a dita União Europeia, dos benefícios que trouxe às suas vidas e, acima de tudo, de todos os malefícios que essa mesma União Europeia trouxe.
Será que estamos melhor do que estávamos em 1990?
Será que existe mais esperança no Futuro?
Será que as pessoas são mais Felizes?
Será que diminui a pobreza no seio dos países que constituem a dita União Europeia?
Será que diminuiriam as desigualdades sociais?
Será que os países que constituem a dita União Europeia são mais justos e solidários para com os seus Povos?
Será que a mentalidade dos políticos Europeus se tornou mais aberta, mais clara e mais solidária para com os povos?
Ou será que a União Europeia foi mais um engodo para aumentar a fonte de recursos de uma cambada de Políticos Corruptos, Incompetentes e Gananciosos?
Penso que o final da dita União Europeia estará num horizonte não muito longínquo. E como diz o ministro das Finanças da Polónia, Jan Vincent-Rostowski, "Se a zona euro se desmoronar, a UE não estará em condições de sobreviver, com todas as consequências dramáticas que se possa imaginar". http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?id=506039&template=SHOWNEWS_V2
Será que é o objectivo dos designados “Senhores do Mundo”, o surgimento de uma Guerra de modo a levar à diminuição drástica da População Mundial? Os ditos Erros do Passado deixam antever algo do género.
Espero que os Povos, dos diferentes Países, consigam ser Inteligentes de modo a não se deixarem Enredar em mais uma Teia de “Mafiosíces” que poderão por em causa a Segurança e a Paz Mundial.
Bom dia,
Adimitindo que Portugal abandona o Euro, qual será a melhor opção para quem tem somente em Euros depósitos nos Bancos e também empréstimos à habitação?
...será melhor liquidar ou amortizar o crédito quanto antes, eliminando ou reduzindo o valor do empréstimo
...será indiferente uma vez que se revalorizar o empréstimo, também revalorizam os depósitos
Será possível o Banco de Portugal adoptar uma dualidade de critérios, revalorizam os empréstimos e desvalorizam os depósitos?
Outra duvida será relativamente a quem tem empréstimo bancário numa Sucursal de um Banco Estrangeiro. Será que quem está nesta situação poderá ser mais penalizado se abandonarmos o Euro, quer pela saída de Portugal do Euro, ou até mesmo se se verificar que o país de origem desse Banco abandona o Euro.
Cumprimentos
C Loureiro
Bom dia,
Adimitindo que Portugal abandona o Euro, qual será a melhor opção para quem tem somente em Euros depósitos nos Bancos e também empréstimos à habitação?
...será melhor liquidar ou amortizar o crédito quanto antes, eliminando ou reduzindo o valor do empréstimo
...será indiferente uma vez que se revalorizar o empréstimo, também revalorizam os depósitos
Será possível o Banco de Portugal adoptar uma dualidade de critérios, revalorizam os empréstimos e desvalorizam os depósitos?
Outra duvida será relativamente a quem tem empréstimo bancário numa Sucursal de um Banco Estrangeiro. Será que quem está nesta situação poderá ser mais penalizado se abandonarmos o Euro, quer pela saída de Portugal do Euro, ou até mesmo se se verificar que o país de origem desse Banco abandona o Euro.
Cumprimentos
C Loureiro
Caro C. Loureiro,
Agradecemos a sua execelente pergunta, já que a mesma nos remete a todos para uma importante reflexão!
Citando: "será melhor liquidar ou amortizar o crédito o quanto antes, eliminando ou reduzindo o valor do empréstimo"?
Pensamos que face a um cenário em que Portugal abandone o Euro, caso a entidade competente seja pessoa de bem, verificar-se-á a seguinte hipótese que coloca: "será indiferente uma vez que se revalorizar o empréstimo, também revalorizam os depósitos".
No entanto, embora seja talvez a situação menos provável, ninguém nos garante que num cenário de saída de Portugal do Euro, a entidade competente não siga a mais injusta das decisões para os cidadadãos,ou seja, adopte a dualidade de critérios que citou, revalorizando os empréstimos e desvalorizando os depósitos.
Ou seja, em nosso entender, em face da incerteza que as questões que coloca suscitam, na eventualidade de Portugal vir a abandonar o Euro, antes de tal acontecer, o mais viável, por uma questão de salvaguarda, será talvez proceder à amortização do empréstimo à habitação, precisamente com o dinheiros dos depósitos.
Quanto à questão que coloca, em relação aos depósitos bancários que se encontram em Portugal, mas em sucursais de bancos estrangeiros, aparentemente, não nos parece que esses depósitos possam ser mais penalizados! Se de um dia para o outro, a entidade competente decretar que todos os euros depositado em balcões de bancos nacionais e estrangeiros que se encontram em território Português, sejam automaticamente convertidos em escudos, na relação de 1 euro = 200,482 escudos, aparentemente deverá ser indiferente a proveniência do Banco.
Cumprimentos
Obrigado pela prontidão na resposta ás questões que coloquei.
Mas relativamente à questão Sucursais de Bancos Estrangeiros, estou-me a referir não a quem tem depósitos, mas a quem contraiu um empréstimo à habitação num destes bancos.
Cumprimentos
C Loureiro
Obrigado pela prontidão na resposta ás questões que coloquei.
Mas relativamente à questão Sucursais de Bancos Estrangeiros, estou-me a referir não a quem tem depósitos, mas a quem contraiu um empréstimo à habitação num destes bancos.
Cumprimentos
C Loureiro
Caro Camilo Loureiro,
Quanto a contrair empréstimos em Sucursais de Bancos Estrangeiros que se encontram em território Português, provavelmente, aplicar-se-á o mesmo critério que se aplica a bancos Portugueses que se encontram em território Nacional, pq o critério que deverá prevalecer, em princípio, deverá ser esse (Bancos que se encontram em território nacional)! No entanto, repetimos que isto é aparentemente, pq ao certo, nesta matéria, não deverão existir certezas absolutas.
Mais uma vez agradecemos a sua particpação e o seu contributo para este importante debate e relexão!
Disponha sempre!
Cumprimentos
THE BESTS
Enviar um comentário