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quinta-feira, 1 de março de 2012

Novo Técnico do FMI em Portugal, Abebe Selassie, avisa que competitividade não pode ser conseguida à custa de Corte de Salários vs Desemprego em Portugal atinge máximo de 14,8%

O Etiope Abebe Selassie, é o novo Técnico do FMI que passou a integrar a Equipa da Troika em Portugal, ao substituir Paul Thomson.
Selassie já advertiu que a competitividade em Portugal não pode ser conseguida à custa de corte de salários. Acontece que, contrariando a sensibilidade e a visão de Abebe Selassie, o Governo Português já decretou para 2012 e anos seguintes, o corte de dois salários anuais, quer no sector público, assim como nos pensionistas, nomeadamente, Subsídios de Férias e de Natal.

Profecia da Desgraça?
Num dia em que o valor do desemprego em Portugal, segundo dados do Eurostat, atingiu o valor máximo de 14,8%, o que corresponde a 815 mil desempregados declarados, é oportuno refletir sobre este indicador, bem como nas recentes palavras do Representante do FMI em Portugal,  Abebe Selassie.
O Corte de dois salários anuais nos funcionários públicos e pensionistas, é certo que vai reduzir um pouco a despesa pública, mas THE BESTS adverte desde já que se trata de uma medida desproporcional, face ao resultado global pretendido e que consiste na  recuperação da Economia Portuguesa. Tais cortes deverão ser muito perversos numa economia muito debilitada, já que vão provocar uma redução ainda mais drástica no poder de compra de uma parte significativa dos Portugueses, sobretudo a partir dos meses de Junho, Julho e seguintes, o que significará uma proporcional redução drástica da massa monetária em circulação, ao nível do comércio e serviços.

Se no dia de hoje o desemprego em Portugal se situa nos 14,8% e entre os jovens ultrapassa 35%, até Junho deverá aumentar ainda mais e, a partir desse mês em diante, com a drástica redução do poder de compra de uma "fatia" significativa da população portuguesa e a proporcional redução do dinheiro em movimento, o descalabro poderá ser devastador! Haverá uma redução drástica no consumo interno e o comércio, restauração e todos os serviços em geral vão sofrer uma forte redução na procura. Milhares de empresas do pequeno comércio e serviços vão ter que fechar as suas portas, lançando um acréscimo de milhares de portugueses no desemprego!

Segundo noticias publicadas em rtp.pt no dia 21-02-2012, a 31 de dezembro de 2011 a Função Pública era composta por 512 424 trabalhadores. Considerando um valor médio salárial para Trabalhadores da Função Pública de € 750 por trabalhador, a redução do poder de compra destes Portugueses só nos meses de Junho/Julho e sem incluir os pensionistas, será de 384,32 milhões de euros. Se juntarmos o Subsídio de Natal, a redução do poder de compra em 2012, só na Função Pública, será de cerca de 768,64 milhões de euros que deixarão de alimentar o consumo interno. Se somarmos os pensionistas, a redução do poder de compra dos Portugueses em 2012 ultrapassa os 1000 milhões de euros.
Graças à austeridade extrema, insensível e inexequível, sobre uma "fatia" significativa da população Portuguesa, o efeito contraproducente será de tal forma grave que dificilmente o actual Governo conseguirá cumprir o seu Mandato até ao fim!
Oxalá estejamos enganados, mas o cenário infelizmente aponta nesse sentido!

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