Causas para o Problema Estrutural em Portugal vs A Educação em Portugal no Estado Novo
Para além da má gestão governativa de alguns políticos de um passado recente, uma das razões para o atraso estrutural e para os problemas económico-sociais e de competitividade da economia portuguesa, residem em grande parte no atraso de décadas ao nível da educação e formação dos Portugueses.
Em 1910, ano de Instauração da República Portuguesa, o atraso da escolarização dos Portugueses era escandaloso. Cerca de 76% da População Portuguesa era analfabeta, enquanto por exemplo na Alemanha, Inglaterra e Suécia, por essa altura, a percentagem de cidadãos analfabetos rondava apenas 1%
Por sua vez, tanto a 1ª República assim como o Regime do Estado Novo (2ª República), também não investiram o suficiente na educação. O Estado Novo terminou em 1974, mas ainda hoje, a perversidade e as debilidades de um regime que não soube investir o suficiente na educação, se repercutem na sociedade Portuguesa.
Em 1910, ano de Instauração da República Portuguesa, o atraso da escolarização dos Portugueses era escandaloso. Cerca de 76% da População Portuguesa era analfabeta, enquanto por exemplo na Alemanha, Inglaterra e Suécia, por essa altura, a percentagem de cidadãos analfabetos rondava apenas 1%
Por sua vez, tanto a 1ª República assim como o Regime do Estado Novo (2ª República), também não investiram o suficiente na educação. O Estado Novo terminou em 1974, mas ainda hoje, a perversidade e as debilidades de um regime que não soube investir o suficiente na educação, se repercutem na sociedade Portuguesa.
António de Oliveira Salazar foi Ministro das Finanças entre 1928 e 1932 e depois Presidente do Conselho de Ministros, entre 1932 e 1968. Com poucos anos de posse na pasta das Finanças, conseguiu resolver um problema de contas públicas que assolava o País, tal como hoje também assola. Por outro lado, conseguiu juntar uma das maiores reservas de ouro mundial, ouro esse que já foi em parte vendido, sobretudo entre 2002 e 2006, altura em que Vitor Constâncio foi Governador do Banco de Portugal - Ver publicação THE BESTS relacionada: Valor das Reservas de Ouro do Banco de Portugal - Salazar vs Vitor Constâncio
Salazar investiu na compra e poupança de ouro, mas esqueceu que era importante investir muito na educação do povo. Existe um lado negro e sinistro na política da Ditadura de Salazar. O seu regime criou a Mocidade Portuguesa inspirada no modelo nazi da Juventude Hitleriana alemã e no modelo fascista italiano de Mussolini. Perseguiam, prendiam, torturavam e até matavam por vezes as vozes dissonantes do regime.
Por sua vez, a linha da política educativa do regime do Estado Novo, está bem patente numa passagem da obra de Rómulo de Carvalho, "História do Ensino em Portugal" - 1985.
António de Oliveira Salazar
Fonte: Wikipédia
Veja-se a mentalidade vigente na época, em termos de política de Educação.
António de Oliveira Salazar
Fonte: Wikipédia
Veja-se a mentalidade vigente na época, em termos de política de Educação.
Fernando Andrade Pires de Lima, foi Ministro da Educação Nacional entre 4 de Fevereiro de 1947 e 7 de Julho de 1955. Com ele, procurou dar-se um novo impulso no sentido de extinguir o analfabetismo em Portugal e foi promulgado em 27 de Outubro de 1952, um Plano de Educação Popular. No preâmbulo deste Documento, procuravam-se as razões para explicar a elevada taxa de analfabetismo em Portugal, sendo apresentadas as virtudes do povo Português, como conclusão para explicar a elevada taxa de analfabetismo.
Refere Rómulo de Carvalho na sua Obra:
Refere Rómulo de Carvalho na sua Obra:
"Não por estas palavras, mas por outras o afirma o decreto-lei: «o analfabetismo, mormente entre as populações rurais, é devido a circunstânciasa de diversa natureza, mas a sua mais funda razão de ser reside, como já alguém salientou, no facto de o nosso povo, pela sua riqueza intuitiva, pelas condições da sua existência e da sua actividade, não sentir a necessidade de saber ler.» O «alguém» a quem o texto salientou a virtude talvez tenha sido Ramalho Ortigão, a quem o texto alude seguidamente, recordadndo que já em 1883 o escritor afirmara que «a instrução fecunda para um povo não é a que os governos lhe abonam mas sim a de que ele de per si mesmo solicita» E acrescenta o escritor: «uma das provas desta verdade está no bom número de escolas de instrução primária fundadas em Portugal sem que ninguém as frequente». E conclui: «Isto demonstra que o povo não sente necessidade de aprender.» Perante a peremptória conclusão de Ramalho Ortigão, completa-a o ministro Pires de Lima, no decreto: «Esta afirmação, passados cerca de setenta anos, encerra ainda uma verdade que os factos dia a dia vêm evidenciando»"
3 comentários:
Volta Salazar, estás perdoado!
este blog não tem movimento nenhum, que merd...
Ó homem, perceba os sinais à sua volta! LEIA!
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