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sábado, 1 de outubro de 2016

Tesouro Nacional - Coleção de 85 Obras (Quadros e uma Escultura) de Joan Miró salva em 2014 da venda em leilão da Christie's, por um Grupo de Corajosos Patriotas e pela Oposição ao governo de então, encontra-se exposta em Serralves

30 de Setembro de 2016 -  Obras de Joan Miró em Serralves
Dia Grandioso para a Cultura Portuguesa com a Abertura da Exposição Permanente com as 85 Obras de Joan Miró, mais concretamente, 84 Quadros e uma Escultura, na Casa de Serralves no Porto.

Ontem ao final da noite tivemos conhecimento de que as Obras de Miró vão ficar permanentemente expostas no Museu de Serralves no Porto e não apenas temporariamente, como inicialmente se previa.
30-09-2016 Casa Serralves - Exposição Joan Miró "Materialidade e Metamorfose"
Esta é uma excelente notícia, já que pela vontade de muitos supostos "ilumiados" e insensíveis do anterior governo, pela falta de visão, no início do ano de 2014, as 85 Magníficas Obras de Joan Miró foram que foram avaliadas em 150 milhões de euros, poderiam ter sido vendida por 35 milhões no Leilão da Christie's em Londres. Na sequência da falência do BPN, as referidas Obras passaram para a posse do Estado Português e desde meados de 2009 que estiveram guardadas na Caixa Geral de Depósitos, estando agora Serralves.
Referências: https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/christies-cancela-leilao-da-coleccao-miro-1622336
http://www.tsf.pt/vida/interior/reunidas-500-assinaturas-contra-venda-de-85-obras-de-miro-pelo-estado-3619798.htm

Ou seja, graças a um Grupo de Corajosos Patriotas, bem como a Partidos Políticos como o PS e o PCP que em 2014 se encontravam na oposição ao governo de então e que interpuseram ação em Tribunal contra a venda destas Obras, a Magnifíca Coleção composta por 85 Obras de Joan Miró não saiu da posse do Estado Português e hoje já se encontra em exposição Permanente na Casa de Serralves.
                                         Joan Miró - Exposição Serralves
Referência: http://www.jornaldenegocios.pt/economia/cultura/detalhe/ministro_da_cultura_quer_exposicao_de_obras_de_miro_do_ex_bpn_em_serralves_em_2016.html 
Para além da Coleção se manter na posse do Estado Português, o impedimento da sua venda permite que as as Obras se mantenham reunidas e expostas ao público num mesmo espaço, para usufruto de todos. No entanto, se as Obras tivessem sido vendidas, a Coleção teria sido "desmembrada"  e hoje estaria espalhada na posse de diversos particulares.
Segundo Publicação de jornaldenegocios.pt em 12 de dezembro de 2015, João Soares, anterior Ministro da Cultura do atual Governo, terá proposto à Fundação Serralves que a primeira exposição das obras do Pintor catalão Joan Miró, provenientes do antigo Banco Português de Negóciso (BPN), se realizasse em Serralves no ano de 2016, o que está de facto a acontecer.

Em 20-01-2014 a tvi24.iol.pt informava que a petição lançada no início de Janeiro de 2014 contra a venda de 85 quadros de Joan Miró na posse do Estado Português, tinha sido enviada para o Parlamento Europeu. Na altura, Carlos Cabral Nunes, do "Coletivo Multimédia Perve", informava que a petição que recolheu com 8016 assinaturas contra a venda das obras de Miró, tinha sido enviada ao Parlamento Europeu. Carlos Cabral Nunes informou ainda que também pretendiam saber se a referida venda violava ou não a Legislação Europeia.
Referência: ttp://www.tvi24.iol.pt/sociedade/tvi24/miro-peticao-contra-venda-de-quadros-no-parlamento-europeu

Iniciativa da Casa da Liberdade Mário Cesariny, do Coletivo Multimédia Perve, a petição defendia a suspensão da venda das obras que se encontravam na posse do Estado Português, através da nacionalização do antigo Banco Português de Negócios (BPN). A iniciativa defendia ainda que as obras ficassem disponíveis em exposição ao público, num museu em Portugal. 
Na sexta feira, dia 24 de janeiro de 2014, dois Projetos de Resolução do PS e do PCP contra a venda das obras foram chumbadas pela maioria PSD/CDS-PP numa votação em plenário. Na mesma altura, o Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, afirmava que no contexto de organização das coleções do Estado, a aquisição da coleção de obras de Joan Miró não era uma prioridade do Estado.
Referência: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/tvi24/miro-peticao-contra-venda-de-quadros-no-parlamento-europeu

Em 5 de Fevereiro de 2014, jornaldenegócios.pt  noticiava que, suspensão da venda de quadros de Miró chamava a atenção de jornais de todo o mundo. 
Segundo a mesma fonte, a Christie´s na altura informou que, "apesar de a providência cautelar não ter sido aprovada, as incertezas jurídicas criadas por esta disputa em curso significam que não podemos oferecer as obras para venda de forma segura".
Ex Secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier (2014)
Referência: http://www.jornaldenegocios.pt/economia/cultura/detalhe/suspensao_da_venda_de_quadros_de_miro_chama_a_atencao_dos_jornais_em_todo_o_mundo.html
Em 9 de abril de 2015, segundo observador.pt, o Ministério Público pedia a condenação de todos os envolvidos na venda dos quadros de Miró. De acordo com a mesma notícia, "as sociedades Pervalorem e Parups, criadas pelo Estado para recuperar os créditos do ex-BPN, divulgaram (...) um comunicado com o ponto da situação sobre os processos relacionados com este caso, anunciando que os processos interpostos tinham sido dado como extintos pelos tribunais, mas que o MP tinha recorrido "de todas as decisões que lhe foram desfavoráveis".
Conclusão: A venda e a realização de capital imediato, nem sempre é a melhor opção, sobretudo se se tratar de obras de arte. No caso das Obras de Miró, vender os 84 quadros e a escultura por 35 milhões de euros em 2014, ou até mesmo por 100, não seria com toda a certeza a melhor solução, uma vez que se tal tivesse acontecido, hoje já não haveria quadros e os 35 milhões há muito que se tinham "evaporado". 
Uma vez que as Obras de Miró não foram vendidas, elas permanecerão na posse do Estado Português, podendo assim permanecer em exposição para sempre em Território Nacional, para que todos nós possamos usufruir e ter o enorme privilégio e a satisfação de podemos visitar a exposição e contemplar tão maravilhosas Obras. Para além disso, a Exposição vai criar uma dinâmica ao nível do Turismo Cultural, geradora de enormes benefícios e ganhos para a Economia Nacional que serão muito superiores à receita que teria sido obtida com a venda precipitada e irracional de tão maravilhosa Obra.

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