Pinto da Costa não quer políticos à frente da Federação Portuguesa de Futebol, seja Hermínio Loureiro ou outro qualquer político
O Presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, não quer políticos nem ingerências políticas à frente da Federação Portuguesa de Futebol.
Esta tomada de posição foi assumida durante uma entrevista concedida por Pinto da Costa à RTP, em que o mesmo declara que não quer Hermínio Loureiro à frente da Federação Portuguesa de Futebol, uma vez que segundo as palavras do Presidente do Futebol Clube do Porto, este cenário iria configurar uma acção de ingerência política no mundo do Futebol.
A nós parece-nos bem. Política fora do Futebol e Futebol independente e auto-suficiente.
Deixem os homens do Futebol gerir a actividade deles. Desde que cumpram com todas os preceitos legais e tenham as suas obrigações fiscais em dia perante a máquina fiscal, a nós parece-nos bem que sejam os homens do Futebol a gerir o Futebol.
Contudo, também se espera que governantes e políticos não se voltem a deixar levar pelo "canto da sereia" como aconteceu em 2004, em que o Estado Português suportou uma parte muito significativa da construção e das obras nos 10 estádios de Futebol utilizados no Europeu de Futebol de 2004 em Portugal e que foram uns expressivos 104,5 milhões de euros. O Povo (contribuintes) pagou os 104, 5 milhões de euros e lá ficámos nós contribuintes a "arder" mais uma vez, contribuindo com os nossos impostos para algo que não nos trouxe qualquer benefício para o nosso dia à dia e para o nosso bem estar. Ainda por cima, de todos esses estádios para os quais contribuimos com o pagamento dos nossos impostos, apenas o Estádio do Leiria dispõe de Pista de Atletismo. Apesar da criativadade dos arquitectos e do colorido dos estádios, neste momento existem pelo menos os Estádio de Leiria, Aveiro e Algarve são "monos" com dimensões perfeitamente desajustadas face às necessidaes das poplulações e clubes locais e com custos de manutenção pesadíssimos que ninguém consegue suportar. Neste momento o Estádio de Leiria encontra-se à venda e o de Aveiro e Algarve já se fala há muito que deveriam ser demolidos.
Ao Futebol o que é do Futebol, com todas as suas virtudes e defeitos. Desde que cumpram com as suas obrigações como todo a sociedade deve cumprir, óptimo. Quando as coisas correrem menos bem para a sociedade empresarial do Futebol, ou precisarem de apoios do Estado para estádios, ou seja lá para o que for, os senhores do Futebol que se desenrasquem. Se vierem com o choradinho de que o apoio é para as escolas de formação, é para as modalidades amadoras, etc, então, caso venha a existir fundamentação plausível que justifique esse apoio, os senhores do Futebol têm que provar que as verbas foram de facto aplicadas nas modalidaes a que se destinavam e que não foram desviadas para o Futebol Profissional ou para outra qualquer actividade inicialmente não prevista.
E para terminar, THE BESTS lembra a Jorge Nuno Pinto da Costa que "bem pode falar contra os políticos" porque, o Estádio do FCP (Estádio do Dragão) foi um dos que muito beneficiou de ajudas do Estado para obras, por acasião do Euro 2004 em Portugal.
E para terminar, THE BESTS lembra a Jorge Nuno Pinto da Costa que "bem pode falar contra os políticos" porque, o Estádio do FCP (Estádio do Dragão) foi um dos que muito beneficiou de ajudas do Estado para obras, por acasião do Euro 2004 em Portugal.
Fonte: rtp.pt
2 comentários:
A política e o futebol são inseparáveis, implícita ou explicitamente. Pinto da Costa e o seu clube têm beneficiado, precisamente, da "chantagem" política que têm exercido sobre os vários governos e outros agentes políticos, muitos deles cúmplices, por razões políticas, da mentira em que se tornou o futebol Português.
Por outro lado, nenhum político deve ter coartados os seus direitos comuns, como sejam o de intervir, a título pessoal,no mundo do desporto. Nem nehum dirigente desportivo deve ter vedado o acesso à vida política. Tudo em perfeita transparência e de acordo com a lei, como é próprio das sociedades de Direito Democrático.
Pinto da Costa tem medo de Hermínio Loureiro porque este tem uma visão de futuro para o futebol Português que implica a sua credibilização pondo termo à colonização que aquele, alegadamente, impôs ás instituições desportivas e à instrumentalização que, alegadamente, tem exercido sobre os seus órgãos.
Pinto da Costa é, alegadamente, um cobarde porque não sabe ganhar com lealdade, olhos nos olhos, revelando total falta de escrúpulos e respeito pelos adversários e adeptos do futebol em geral, como ficou demonstrado aos olhos de todos pelas escutas reveladas na net.
Pinto da Costa, quanto a mim, ilustra uma época de promiscuidade, oportunismo,fraqueza e hipocrisia política, que fizeram fracassar os ideais de abril e conduziram Portugal à insolvência.
O Progresso de Portugal consegue-se com valores diferentes dos que Pinto da Costa exibe.
Na sequência do comentário lúcido, coerente e inteligente de António Barreto que desde já agradecemos, pelo enriquecimento que acrescenta às publicações deste Blog e que muito nos honra, resta-nos acrescentar que dá a ideia que Pinto da Costa pretende que o Futebol Português seja um espaço livre de políticos, para que ele próprio se sinta mais à vontade e com um espaço aberto e suficientemente vasto para implementar as suas estratégias, sejam elas ardilosas ou não.
Se Pinto da Costa é o Presidente do Futebol Português com maior número de anos em funções e é também o Presidente que tem o mérito de ter catapultado o Futebol Clube do Porto para o estatuto de um dos melhores Clubes de Futebol do mundo(actualmente é considerado terceiro melhor, logo atrás de Barcelona e Real de Mdrid), também não é menos certo que Pinto da costa não se livra apesar de tudo, de muitas suspeitas que desde há muito recaem sobre a pessoa do Presidente do Futebol Clube do Porto e que decorrem de episódios diversos, cujas explicações nem sempre são muito convincentes e esclarecedoras.
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