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sábado, 11 de junho de 2011

Presidente da República Cavaco Silva Recomenda Maior Investimento na Agricultura Portuguesa vs Cavaco Silva 1º Ministro

Cavaco Silva defende maior investimento na Agricultura Portuguesa para combater desertificação

Como é do conhecimento público, o Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, no dia de ontem, por ocasião das comemorações do dia 10 de Junho (dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas), pediu uma maior aposta e investimento na Agricultura Portuguesa.
 
Segundo Cavaco Silva, é importante combater a desertificação do interior do País. Como tal, Cavaco Silva defende que é fundamental investir no sector agrícola, para trazer os "jovens à terra" e também para garantir a futura sustentabilidade do país.
 
Comentário:
Ai Senhor Presidente, Senhor Presidente...
O Senhor que é actualmente Presidente da República de Portugal e que foi 1º Ministro de Portugal entre os anos de 1985 e 1995, foi também o 1º Ministro que permitiu que se desinvestisse e se abandonasse a agricultura em Portugal. A União Europeia incentivou Portugal a desinvestrir da nossa Agricultura, de modo a que outros países produzissem para nós, muito daquilo em que erámos tradicionalmente bons a fazer. Pagaram milhões de €€€ aos agricultores Portugueses para que parassem de produzir.
 
As consequências de se ter desinvestido da agricultura portuguesa são evidentes:
- Destruição do conhecimento e de todo o "Know How" técnico que ligava uma parte da população portuguesa ao sector primário (agricultura);
- Perda de identidade do povo Português, relativamente a uma cultura ligada à produção da terra, sector em que Portugal tinha uma grande tradição e em que era tradicionalmente bom e competitivo;
- Quebra de "laços" dos jovens à terra e consequente desertificação do País;
- Quebra da produção agrícola Portuguesa com impacto negativo na nossa balança comercial no comércio internacional (importa-se muito mais do que se exporta para outros países);
- Aumento da dívida externa Portuguesa;
- Aumento significativo do desemprego e consequente perda de receita fiscal, porque uma parte sgnificativa da nossa população que trabalhava no sector agrícola deixou de o fazer e o mercado de trabalho não teve capacidadde para os reabsorver. Deste modo, toda esta gente ficou desempregada, tendo como consequência quebra de receita fiscal e aumento do volume de subsídio de desemprego a pagar;
- Neste momento Portugal só é auto suficiente em 20 % do cereal que consome, ou seja, Portugal importa 80% dos cereais que consome.
 
Ai Senhor Presidente, Senhor Presidente, o Senhor que um dia afirmou que nunca tinha dúvidas e que raramente se enganava, afinal num assunto de importância estratégica para a economia do País, teve uma dúvia e cometeu um erro gravíssimo quando foi 1º Ministro e que consistiu em permitir que Portugal desistisse da nossa agricultura. Foi um erro, tal como agora fica provado Senhor Presidente!
 
Enfim, é de louvar pelo menos o facto de reconhecer agora a importância do investimento na agricultura Portuguesa e também deveria reconhecer o seu erro, ao ter permitido que se desinvestisse dela quando foi 1º Ministro de Portugal

José Luís Magalhães

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