Cavaco Silva defende maior investimento na Agricultura Portuguesa para combater desertificação
Como é do conhecimento público, o Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, no dia de ontem, por ocasião das comemorações do dia 10 de Junho (dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas), pediu uma maior aposta e investimento na Agricultura Portuguesa.
Como é do conhecimento público, o Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, no dia de ontem, por ocasião das comemorações do dia 10 de Junho (dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas), pediu uma maior aposta e investimento na Agricultura Portuguesa.
Segundo Cavaco Silva, é importante combater a desertificação do interior do País. Como tal, Cavaco Silva defende que é fundamental investir no sector agrícola, para trazer os "jovens à terra" e também para garantir a futura sustentabilidade do país.
Comentário:
Ai Senhor Presidente, Senhor Presidente...
O Senhor que é actualmente Presidente da República de Portugal e que foi 1º Ministro de Portugal entre os anos de 1985 e 1995, foi também o 1º Ministro que permitiu que se desinvestisse e se abandonasse a agricultura em Portugal. A União Europeia incentivou Portugal a desinvestrir da nossa Agricultura, de modo a que outros países produzissem para nós, muito daquilo em que erámos tradicionalmente bons a fazer. Pagaram milhões de €€€ aos agricultores Portugueses para que parassem de produzir.
As consequências de se ter desinvestido da agricultura portuguesa são evidentes:
- Destruição do conhecimento e de todo o "Know How" técnico que ligava uma parte da população portuguesa ao sector primário (agricultura);
- Perda de identidade do povo Português, relativamente a uma cultura ligada à produção da terra, sector em que Portugal tinha uma grande tradição e em que era tradicionalmente bom e competitivo;
- Quebra de "laços" dos jovens à terra e consequente desertificação do País;
- Quebra da produção agrícola Portuguesa com impacto negativo na nossa balança comercial no comércio internacional (importa-se muito mais do que se exporta para outros países);
- Aumento da dívida externa Portuguesa;
- Aumento significativo do desemprego e consequente perda de receita fiscal, porque uma parte sgnificativa da nossa população que trabalhava no sector agrícola deixou de o fazer e o mercado de trabalho não teve capacidadde para os reabsorver. Deste modo, toda esta gente ficou desempregada, tendo como consequência quebra de receita fiscal e aumento do volume de subsídio de desemprego a pagar;
- Neste momento Portugal só é auto suficiente em 20 % do cereal que consome, ou seja, Portugal importa 80% dos cereais que consome.
Ai Senhor Presidente, Senhor Presidente, o Senhor que um dia afirmou que nunca tinha dúvidas e que raramente se enganava, afinal num assunto de importância estratégica para a economia do País, teve uma dúvia e cometeu um erro gravíssimo quando foi 1º Ministro e que consistiu em permitir que Portugal desistisse da nossa agricultura. Foi um erro, tal como agora fica provado Senhor Presidente!
Enfim, é de louvar pelo menos o facto de reconhecer agora a importância do investimento na agricultura Portuguesa e também deveria reconhecer o seu erro, ao ter permitido que se desinvestisse dela quando foi 1º Ministro de Portugal
José Luís Magalhães
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