6 de Maio de 2011 - Cavaco Silva faz comunicado ao País após acordo com a Troika
O Presidente da Repúbllica Cavaco Silva falou esta noite pela primeira vez ao País, após acordo com a Troika (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
Resumimos o essencial do que retivemos da comunicação do Presidente da República Cavaco Silva ao País na noite de hoje, pelo Canal de TV da RTP 1.
Cavaco Silva (CS):
- Portugal vai receber 78 mil milhões de euros o que permite atenuar dificuldades actuais;
- Missão Tripartida (FMI, BCE e CE) fez diagnóstico a Portugal;
- Nos últimos anos o endividamento fez com que a nossa economia ficasse muito dependente do exterior;
- As taxas de juro a pagar por Portugal ao exterior tornaram-se insustentáveis e Portugal ficou muito dependente do BCE;
- Risco de colapso de sistema financeiro português obrigou a recorrer à Ajuda Externa;
- A gravidade da situação exigiu sentido de responsabilidade e descrição;
- Não compete ao Presidente da República pronunciar-se publicamente sobre aspectos específicos do acordo com a Missão Tripartida (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia);
- Fiz alertas e há muito que as nossas contas davam mostras da nossa dependência da economia externa, o que a Missão Tripartida veio provar;
- O acordo não é o fim de um processo, mas um percurso que portugueses têm que cumprir;
- O Acordo não é uma dádiva mas um apoio que Portugal vai ter que pagar;
- Vai melhorar a credibilidade Portugal junto dos parceiros financeiros e entidades externas.;
Cabe-nos a oportunidade para mudar de vida e construir uma economia saudável;
- Com o acordo é preciso mudar de atitude e comportamentos;
- Não podemos gastar acima das nossas possibilidades;
- Acordo não representa um cheque em branco que nos concedem;
- O acordo deve ter espaço para duas preocupações; Justiça social e crescimento da nossa economia;
- Em nome do imperativo de justiça social e equidade é importante cativar recursos que são escassos para os que efectivamente precisam;
- É preciso defender o emprego;
- Limitar a nossa dependência do exterior;
- Não perder esta oportunidade;
- Se não mudarmos daqui por três anos, ou menos, vamos estar pior.
Há objectivos que não podem faltar:
1- Aumento significativo da poupança interna. Alterar padrões de consumo, adiando despesas e gastos superfulos, consumir produtos nacionais.
Estado deve dar exemplo de contenção de gastos;
2- Aumento de produção de bens que concorram com produção externa. Fomentar exportação, reduzir as importações. Fomentar a inovação e a competitividade;
3- Reconquistar a confiança de mercados financeiros internacionais. Restaurar esta confiança para podermos beneficiar do crédito do exterior em boas condições e países olharem Portugal como um País credível;
4- Tem que aumentar a poupança interna, as exportações e reconquistar a confiança perante o exterior. Se assim não for, o recurso ao empréstimo fica dificultado;
- Há que agarrar esta oportunidade de mudança. Se nada fizermos, vamos ficar pior e não melhor;
- É preciso acabar com hábitos instalados e com vícios que afectam funcionamento do Estado e das empresas;
- Há que trabalhar mais e poupar mais;
- Estado tem que trabalhar melhor, com mais eficiência e gastar com mais critério.
Catarina Teixeira
3 comentários:
Mais Poupança – De facto, muitas familias, poderão cortar em despesas superfulas e assim poupar.
Mais exportações e menos importações - De facto, se Portugal começar a produzir e a cultivar muitos produtos / serviços que já chegou a ter, deixaremos de importar e talvez consigamos exportar muitos desses produtos ou serviços.
Voltar a ganhar a credibilidade das Instituições Financeiras – Para que o País, volte a ter credibilidade, apenas é possivel, através de políticas rigorosas e credíveis que passam pela transparência e honestidade dos autores políticos (que não os actuais que de HOENESTOS NADA TÊM), como forma de voltarmos a dar uma imagem de Pais honesto e responsável (imagem que não corresponde, de todo, a que hoje o pais tem).
Salientou ainda, a necessidade de Portugal MUDAR DE RUMO, como forma de evitar um agravamento em grande escala do problema actual - O que implica uma mudança radical nas politicas tomadas nos ultimos 6/7 anos e ainda uma responsabilização dos autoures do descalabro a que o País chegou.
Só Assim será possivel Portugal alcançar os Objectivos desta Austeridade.
Na sua comunicação esperou-se, em vão, que, a par do apelo ao sacrifício dos portugueses e à impossível poupança, que Cavaco anunciasse o corte das despesas na Presidência da República - 16 milhões de euros ao ano, 1 milhão e trezentos mil euros por mês!
Uma monarquia em portugal saia mais barato
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