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terça-feira, 21 de junho de 2016

Comprar acções do BCP ou Vender acções do BCP? - Quais as causas que provocaram a queda das acções do BCP e a baixa cotação das mesmas? - Reverse Stock Split

Comprar acções do Millennium BCP vs Vender acções do Millennium BCP


Causas para a queda das acções do Millennium BCP e baixa cotação das mesmas 

Aprovação do "Reverse Stock Split" em Assembleia Geral de Accionistas do Banco Comercial Português (Millennium BCP)

Compra de ações BCP - sim ou não?

Como é do conhecimento público, as acções do Banco Comercial Português (Millennium BCP), como consequência das enormes perdas que têm sofrido ultimamente, encontram-se presentemente com um valor de cotação de mercado baixíssimo, situando-se nos 0,019 euros por acção, no fecho de mercado da sessão na passada sexta feira, dia 17 de Junho.
Perante um valor tão baixo na cotação das acções do maior e principal Banco Privado de Portugal (Banco Millennium BCP), é caso para se perguntar quais os motivos  que estarão na origem de tão grandes perdas e, consequentemente, de um valor de cotação tão baixo para as acções do Millennium BCP que em outros tempos já cotaram acima de 4 euros por acção, mas que presentemente não atingem sequer a cotação de 2 cêntimos por acção?
As razões poderão ser diversas, tais como por exemplo, a possível necessidade de se proceder a um aumento de capital do Banco Millennium BCP para entrar no capital do Novo Banco! Contudo, segundo notícia publicada  no dia 7 de Junho de 2016 em http://economico.sapo.pt/noticias/amado-bcp-afasta-aumento-de-capital-para-comprar-novo-banco_251489.html, Nuno Amado, CEO do BCP, em entrevista à Reuters disse que "O BCP é super disciplinado e não está a ser equacionada por nós qualquer operação relacionada com o Novo Banco que implique aumentos de capital dos nossos accionistas".

Deste modo, a principal razão que poderá justificar a baixa cotação que atualmente as acções do Millennium BCP apresentam, poderá estar ligada a decisão tomada na Assembleia Geral do Banco no passado dia 21 de Abril de 2016. De acordo com notícia publicada no dia 26 de Abril de 2016 em http://economico.sapo.pt/noticias/no-futuro-1500-accoes-darao-direito-a-20-accoes-bcp_248008.html , em Assembleia Geral de accionistas do Millennium BCP realizada em 21 de Abril, foi aprovada uma operação de “Reverse Stock Split” que na prática irá manter o valor do Capital Social do Banco, mas ao mesmo tempo irá reduzir o número de acções, numa proporção em que cada conjunto de 75 acções se converterá numa única acção. Ou seja, para um accionista que atualmente possua 7500 acções do Millennium BCP, após a dita operação de “Reverse Stock Split", passará a deter apenas 100 acções!

O que é um “Stock Split”?
R: Um “Stock Split” consiste no aumento do número de acções de uma empresa, sem que no entanto seja alterado o valor do Capital Social da empresa. Por exemplo, num split 2-1, os accionistas da empresa recebem uma nova acção, por cada uma detida.

O que é um “Reverse Stock Split”?
R: Um “Reverse Stock Split” é o contrário do “Stock Split”, ou seja, consiste na redução do número de acções de uma empresa, mantendo no entanto o valor do Capital Social da empresa. Por exemplo, num reverse split 1-75, por cada 75 acções do BCP detidas, os accionistas passam a ficar somente com uma acção do BCP.

Apesar da operação de "Reverse Stock Split" ter sido aprovada em Assembleia Geral de accionistas, ainda se desconhece o dia em que a referida operação irá ocorrer, ou se algum dia irá mesmo realizar-se, uma vez que segundo informação publicada no dia 26 de Abril de 2016 em http://economico.sapo.pt/noticias/amado-bcp-afasta-aumento-de-capital-para-comprar-novo-banco_251489.html, “(...) a lei regula o “stock-split” mas não regula explicitamente todos os pontos de um “reverse stock-split”, criando alguma incerteza jurídica. O problema coloca-se nos acertos. A legislação ainda não está aprovada. Nuno Amado espera que esteja muito em breve e admitiu que "há muito tempo que há conversas com o regulador nesse sentido". A lei terá de ser mudada no Código de Valores Mobiliários, para regulamentar o 'reverse stock-split' em empresas cujas acções não tenham valor nominal.
Só se o Código de Valores Mobiliários previr expressamente essa possibilidade é que o BCP usará a autorização que lhe deverá ser concedida em Assembleia de accionistas.”

Conclusão: Se na passada sexta feira, à data de fecho da sessão do dia 17 de Junho de 2016, cada acção do Millennium BCP tinha um valor de mercado de 0,019 euros, após a operação de “Reverse Stock Split” prevista, uma vez que cada conjunto de 75 acções será convertido numa única acção, mantendo a mesma proporção na determinação do novo valor de mercado para cada acção, será normal que a cotação de cada acção deixe de valer no mercado os atuais 0,019 euros, mas que passe a ter um valor de mercado de 1,425 euros, uma vez que 0,019 euros X 75 acções = 1,425 euros.

A dúvida reside no facto de se saber se após a operação de “Reverse Stock Split”, cada acção do BCP que atualmente tem um valor de mercado de 0,019 euros, passará de facto a ter um valor de mercado que no mínimo seja igual ou superior a 1,425 euros? Em nosso entender a grande dúvida reside neste facto e se após a operação de “Reverse Stock Split” cada acção do BCP tiver um valor de mercado inferior a 1,425 euros, significa que todos os accionistas que hoje estão a comprar acções do BCP a um preço de 0,019 euros ou superior, no futuro poderão ter que suportar perdas! Por outro lado, as acções do BCP que hoje forem compradas a um preço unitário de 0,019 euros, serão geradoras de mais valias se após a operação de “Reverse Stock Split”, cada nova acção do BCP passe a ter um valor de cotação de mercado superior a 1,425 euros.
O mercado de acções é imprevísivel e por vezes uma grande incógnita, pelo que, perante os factos apresentados, THE BEST tem uma opinião própria sobre esta matéria, mas cabe a cada um dos leitores e accionistas decidir se será ou não conveniente comprar e/ou vender presentemente acções do Millennium BCP!

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