Como é do conhecimento público, amanhã, dia 20 de Dezembro, o Governo vai reunir em Conselho de Ministros com vista a decidir sobre a Privatição da TAP (Transportes Aéreos Portugueses).
Para além de toda a história que a Empresa TAP encerra, bem como o interesse estratégico e valor patrimonial tangível, existe ainda um outro valor Patrimonial da TAP que não se pode quantificar e confunde-se com a própria Soberania Nacional e o poder do Estado Português! Falamos do valor patrimonial intagível da TAP, valor esse que apesar de imaterial e inquantificável, tem indiscutívelmente um interesse estratégico nacional que é urgente preservar. Para além do mais, nos últimos anos, por força de uma gestão mais racional, a Empresa têm vindo a conseguir equilibrar os seus resultados contabilísticos
Na opinião do THE BESTS, se infelizmente amanhã se vier a concretizar a privatização da TAP, será tomada uma decisão que em muito vai penalizar o interesse nacional e a própria soberania do País! Triste é que as decisões que hoje forem tomadas e que vão brutalmente contra o interesse nacional, terão para todos nós repercursões gravíssimas a médio e longo prazo, bem como para as gerações futuras. No entanto, os governantes responsáveis pela catástrofe, mais cedo ou mais tarde terminam os cargos políticos, não respondem pelo dano causado ao País, mas as consequências dos seus atos são irreversíveis!
Espera-se que existe ainda da parte dos ministros uma réstia de bom senso e de inteligência, por forma a que não seja aprovada a venda da TAP. Porque será que a Alemanha nunca venderá a Lufthansa, assim como a França nunca venderá a Air France?
Porque é demasiado importante para deixar passar, registamos que, tal como nós, segundo notícia publicada em www.publico.pt, um grupo de reputados economistas assinou um manifesto com três fortes argumentos contra a privatização da TAP e da ANA (Transportes e Navegação Aérea).
Argumento 1: "“Em primeiro lugar, trata-se de bens estratégicos para a economia portuguesa”, dizem os signatários, acrescentando que “movimentam milhões de passageiros, assegurando ligações imprescindíveis dentro do nosso território, com comunidades emigrantes no estrangeiro e com diversas regiões do mundo”.
Na missiva, assinada por um grupo de 55 pessoas (no qual se incluem Francisco Louçã, antigo coordenador do Bloco de Esquerda, e o economista João Ferreira do Amaral) salienta-se que as duas empresas são “cruciais para o maior sector exportador nacional, o turismo”, sublinhando que “perder capacidade de controlo deste sistema de acessos e exportações é um golpe na economia nacional”."
Argumento 2: "Em segundo lugar, os signatários apontam o “interesse estratégico para a República”. A venda a 100% da TAP e da ANA, como o Governo prevê nos diplomas de privatização, significa que “Portugal entrega o poder de monopólio sobre os transportes aéreos e os aeroportos a duas empresas estrangeiras, cujos interesses podem ser contrários aos do país”, escrevem."
Argumento 3: "Por último, o manifesto refere que “estas privatizações acentuam o défice e portanto a dívida pública futura” porque a TAP e a ANA “geraram em 2011 meios financeiros na ordem dos 158 e 199 milhões de euros, antes de impostos e outros compromissos financeiros”, explicam, fazendo referência aos resultados operacionais das duas empresas (e não ao seu resultado líquido, que, no caso da companhia de aviação, é negativo).
Os 55 signatários acreditam que, no futuro, as duas empresas “poderão tornar-se francamente rentáveis”, mas que, com estes dois negócios, “os meios financeiros serão perdidos pelo Estado”. (...)
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