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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ofertas a altas personalidade da Política Nacional por vezes existem e não são de condenar

Se há uns tempos atrás o "Caso Apito Dourado" no Futebol Português teve algum impacto junto da opinião pública, a propósito de umas trocas de presentes que em certos casos poderiam configurar o crime de tráfego de influencias, soube-se agora que ao nível de altas individualidades da política nacional, também existem ofertas que no entanto serão inocentes e não terão certamente segundas itenções.
A propósito  do Processo "Face Oculta", algumas personalidades de destaque na política  nacional vieram dar a cara em defesa do arguido José Penedos no referido Processo. José Penedos, ex. Deputado P.S. e ex. Administrador da REN, pode assim contar com o apoio de personalidades de peso que testemunham a favor da sua integridade e idoneidade.
Pelo meio ficámos a saber através de uma das suas testemunhas abonatórias, concretamente o ex. Presidente da República Jorge Sampaio, que o facto de figuras de destaque na política nacional receberam prendas é uma prática que poderá ser relativamente frequente e não condenável, visto que quem as recebe possui elevação moral e de carácter suficiente para não se deixar influenciar. O ex. Ministro P.S. Eduardo Catroga também veio a público defender a honra e o bom nome de José Penedos, relativizando e desvalorizando a relevancia das referidas prendas.

Questão:

Será que existirá por exemplo uma fronteira clara e perceptivel entre a oferta de uma peça de Cristal da Vista Alegre, inocente e sem segundas intenções, de uma oferta de uns enchidos ou couratos oferecidos com segundas intenções?

                                                                                                                                     Filipa Bragança

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